quarta-feira, 9 de março de 2011

UA não permitirá intervenção na Líbia

O coronel Muammar Kadafi falou por telefone com o Presidente da Guiné Equatorial e em exercício da União Africana (UA), Teodoro Obiang Nguema, que, segundo anunciou a televisão estatal líbia, não permitirá uma “intervenção estrangeira”.
O governante teria dito a Kadhafi que defenderá como, presidente rotativo da UA, a política de não-intervenção nos assuntos internos da organização pan-africana.
A televisão estatal líbia exibiu um grupo de detidos, supostamente prisioneiros capturados nos combates em Ben Jawad, localizado entre Syrte e o enclave petrolífero de Ras Lanuf nas mãos rebeldes.
Cerca de 10 supostos milicianos, com as mãos amarradas às costas e com os rostos no chão, foram exibidos nas imagens gravadas naquela localidade e rotulados de “máfia terrorista”, que é reiteradamente associada com a Al-Qaeda nos telejornais estatais líbios.
Entretanto, a oposição e forças leais a Kadhafi continuam a combater na Líbia pelo controlo do país, num dia marcado pela tomada de mais uma cidade pelos rebeldes.
A oposição tomou ontem o controlo de Zenten, uma cidade a 120 quilómetros a sudoeste da capital Tripoli, mas, de acordo com as agências internacionais, as forças leais a Kadhafi continuam a cercar a cidade.
Há também notícia de bombardeamentos em Al Zauiya, nordeste de Tripoli, uma cidade com uma importante refinaria e que estava dada como controlada pelas forças leais a Kadhafi, depois de ter estado cercada durante cinco dias, mas cujos ataques de ontem levam a supor que ainda existe no seu interior manifestações de resistência por parte dos oposicionistas.
Enquanto isso, a oposição não vai mover uma acção penal contra o líder líbio, Muammar Kadhafi, se ele renunciar ao poder imediatamente e deixar o país, disse à AFP o presidente do Conselho que prepara a transição política.
“Nós somos, obviamente, a favor do fim do derramamento de sangue, mas ele deve demitir-se primeiro, depois deveria partir e nós não vamos iniciar acusações criminais contra ele”, afirmou o ex-ministro da Justiça, Mustafa Abdeljalil, que dirige o Conselho de transição, sediado em Benghazi.
Também à agência EFE, Bara Al Jatib, membro do Conselho Nacional de Transição, revelou que a condição para não prosseguir a criminalização de Kadhafi é o seu abandono imediato do poder.
O diário árabe Aswat al Sharq revelou na segunda-feira, citando “fontes bem informadas”, que Kadhafi enviou um negociador junto do Conselho para anunciar que estava disposto a entregar o poder e a partir da Líbia, caso a liderança rebelde garantisse a sua segurança e a da sua família e o seu dinheiro.
Esta notícia foi entretanto desmentida por fontes próximas ao líder líbio.

Fonte:http://www.tvm.co.mz/index.php?option=com_content&task=view&id=8049&Itemid=78

Quatro processos disciplinares contra juízes e 37 contra oficiais de justiça, de um total de 41

Foram apreciados nos últimos tempos pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial, quatro processos disciplinares contra juízes e 37 contra oficiais de justiça, de um total de 41. A tramitação desses processos culminou com a aplicação de 17 medidas disciplinares, abrangendo funcionários e magistrados, destacando-se duas penas de expulsão e cinco demissões. Nos restantes casos foram aplicadas penas de advertência, repreensão pública, multa e despromoção.
Estes dados foram revelados há dias por Ozias Ponja, Presidente do Tribunal Supremo e do Conselho Superior da Magistratura Judicial, tendo referido que no domínio da responsabilidade disciplinar foram ainda julgados 49 casos disciplinares por infracções diversas, com destaque para desvios de fundos do Estado (8), faltas injustificadas (6) e incumprimento de tarefas e prazos (6). Estes casos resultaram na aplicação das penas de expulsão (12), demissão (6) e despromoção (3), entre outras sanções disciplinares.
Entretanto, o Conselho Superior da Magistratura Judicial nomeou nove magistrados judiciais de nível distrital, todos licenciados em Direito e com formação específica ministrada pelo Centro de Formação Jurídica e Judiciária. Com estas nomeações, segundo ele, o país passou a dispor de 273 magistrados judiciais, sendo que este progressivo crescendo em número constitui um enorme contributo para a elevação do grau de acesso aos tribunais e da qualidade das decisões judiciais.
Segundo Ozias Ponja, o desenvolvimento do capital humano é determinante para a qualidade do serviço prestado em qualquer instituição. Isso explica que de ano para ano se continue a recrutar funcionários para o reforço da capacidade institucional no domínio da gestão do aparelho judicial.
No ano passado foram exarados 144 despachos de nomeação respeitantes a funcionários, dos quais 86 são relativos a novos ingressos, 16 a promoções e 42 atinentes à mudança de carreira. Assinala-se, também, a efectivação de 333 despachos de progressão na carreira relativos a igual número de funcionários.
No domínio das infra-estruturas, o Presidente do Tribunal Supremo destacou o esforço visando a integração dos juízes recém-nomeados e garantir uma maior celeridade processual, face à crescente judicialização dos conflitos, onde foi intensificado o processo de criação de novas secções nos tribunais judiciais de distrito e de província, cuja entrada em funcionamento tem estado a ocorrer de forma paulatina e à medida que as condições materiais e humanas vão sendo reunidas.

Fonte:http://www.tvm.co.mz/index.php?option=com_content&task=view&id=8047&Itemid=77

Ventos e chuvas acima da média

O INSTITUTO Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a continuação de ocorrência de chuvas moderadas a fortes acompanhadas de trovoadas pelos próximos três dias ao longo da faixa costeira das províncias de Nampula e Zambézia, como resultado do sistema de baixas pressões localizado na zona norte do Canal de Moçambique, que continua a deslocar-se para a região central do canal, intensificando-se e que está a influenciar o estado do tempo.
Os distritos costeiros da província de Sofala (Marromeu, Cheringoma, Muanza e Dondo) serão afectados com chuvas em regime moderado a forte acompanhadas de  trovoadas e ventos moderados a fortes entre 40 e 70 quilómetros por hora.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1187472

Investimentos para o Parque de Gorongosa

DUAS empresas nacionais, uma portuguesa e mais uma sul-africana são as vencedoras de um concurso público internacional para a execução de projectos turísticos no Parque Nacional da Gorongosa (PNG).
Trata-se das empresas Barra Lodge, One Africa, Nwedzi Investiments e a Xivulo, segundo revelou o director de Comunicação e Imagem do PNG, Vasco Galante, citado pela agência noticiosa Macauhub.

Fonte: http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1187479
 

SUPER ACTIVOS EM CHIBABAVA - SOFALA

Neste sábado dia 12 de março de 2011, as 13h30, será realizado um Programa Juvenil ao vivo na Sede do Distrito de Chibabava, na Província de Sofala.

O programa será apresentado por Titos Raúl e Bobo Chinamulungo.

Venha participar conosco, venha divertir-se e aprender e ganhar muitos Prêmios.

Sua presença é indispensável!!!!!!!!!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A vida do gueto de Varsóvia num romance policial

"Os Anagramas de Varsóvia" é o mais recente romance do escritor americano Richard Zimler, um policial passado no gueto judaico de Varsóvia onde, no Outono de 1940, as tropas nazis encerraram numa pequena área da capital da Polónia cerca de 400 mil judeus.
Um romance de contornos negros, de uma busca perigosa e desesperada pela verdade e pela justiça, de traição e arames farpados, reais e do subconsciente, a vida de uma ilha urbana cortada do mundo exterior.
Ouça aqui o programa Tribuna Cultural com Richard Zimler
Uma viagem sombria e comovente pelo inferno Nazi e pelos mínimos recantos da coragem que restava nos que tentavam sobreviver.
A história decorre após a criação pelos Nazis do gueto de Varsóvia, "para onde Erik Cohen, um velho psiquiatra, é forçado a mudar-se para um minúsculo apartamento com a sobrinha e o seu adorado sobrinho-neto de nove anos, Adam".
"Num dia de frio cortante, Adam desaparece. Na manhã seguinte, o seu corpo é descoberto na vedação de arame farpado que rodeia o gueto. Uma das pernas do rapaz foi cortada e um pequeno pedaço de cordel deixado na sua boca. Por que razão terá o cadáver sido profanado?"
"Erik luta contra a sua raiva avassaladora e o seu desespero jurando descobrir o assassino do sobrinho para vingar a sua morte. Um amigo de infância, Izzy, cuja coragem e sentido de humor impedem Erik de perder a confiança, junta-se-lhe nessa busca perigosa e desesperada."
"Em breve outro cadáver aparece - desta vez o de uma rapariga, a quem foi cortada uma das mãos. As provas começam a apontar para um traidor judeu que atrai crianças para a morte".
'Busca perigosa e desesperada'

Os romances de Richard Zimler são bestsellers em vários países
"Neste thriller histórico profundamente comovente e sombrio, Erik e Izzy levam o leitor até aos recantos mais proibidos de Varsóvia e aos mais heróicos recantos do coração humano", pode lêr-se na sinopse do romance.
Rectificar injustiças
Depois do mega-sucesso que foi "O Último Cabalista de Lisboa" - o primeiro romance de Richard Zimler, premiado internacionalmente e bestseller em vários países - o escritor americano radicado no Porto, em Portugal, desde 1990, continuou a criar histórias de sobrevivência, de sofrimento e redenção: através das tradições e da fé, do metafísico e da cabala.
Se em "O Último Cabalista de Lisboa", a acção decorre em 1506, entre os judeus forçados a converterem-se ao cristianismo, no reinado de D. Manuel I, neste "Os Anagramas de Varsóvia" a acção tem lugar em Varsóvia, no gueto, em plena guerra, sob o espectro da ameaça Nazi.
Prestes a apresentar o seu romance aqui em Londres, na Jewish Book Week, ou Semana do Livro Judaico, a BBC perguntou a Richard Zimler porque é que decidiu escrever mais um livro sobre uma realidade tão crua e sombria?
RZ:A história dos judeus durante a 2ª Guerra Mundial é evidentemente uma tragédia, mas eu queria evitar escrever um livro deprimente, eu acho que isso não adianta nada. Por isso, penso que este livro é muito cativantes. É um livro de um certo heroísmo, por parte das personagens, mas eu gosto de contar histórias, não diria trágicas mas com muita emoção e muito drama e porque eu adoro tentar rectificar uma injustiça; ou seja, a minha bateria, quando eu escrevo um romance, é realmente a necessidade de rectificar uma injustiça.
Por isso à vezes conto histórias de pessoas cujas vozes foram sistemáticamente silenciadas, neste caso os judeus que eram prisioneiros, primeiro nos guetos da Polónia e de outros países europeus e que, depois, foram transportados para os campos de morte.
BBC: Temas como a injustiça, traição - mesmo interna e no seio da família -, entre outros, voltam a figurar neste seu último romance. Porquê?
RZ: É verdade. Eu acho que o que me interessa é realmente a vida real. Eu sou um romancista histórico - do século XVI em Lisboa ao século XX em Varsóvia, estou realmente a falar do nosso tempo actual, porque estou a falar de assuntos muito importantes: da crueldade, da tolerância e intolerância, solidariedade, amor, morte e traição. Eu acho que tudo isso vai cativar o leitor e tudo isso conta a vida como realmente é.
Eu não gosto muito de fantasia, e para mim contar uma história que decorre durante o tempo do Holocausto seria imperdoável tentar suavizar a história ou tornar a história um pouco mais 'Hollywoodiana' com um final feliz. Não, eu queria contar como era.
BBC: Acha-se uma pessoa política?
RZ: Há uma pessoa mais famosa do que eu - não me recordo bem quem neste momento - que disse que 'tudo é político'! Ou seja, eu acho que qualquer história bem contada sobre o seu humano, sobre as suas dificuldades - não só pessoais ou familiares - mas adaptando-se à sua sociedade, por exemplo, ou sobre as dificuldades que os governos ou ditaduras criam sobre a vida pessoal dos cidadãos - até da suua vida sexual - eu penso que isso é muito fascinante e por isso eu não desenharia uma fronteira entre a política, a história e a vida pessoal.
BBC: Apesar das suas raízes judaicas, o Richard é um estudioso do judaísmo? Como é que aconteceu o seu conhecimento do cabalismo?
RZ: A cabala de facto fascina-me e foi uma descoberta que aconteceu ao acaso. Eu estava a pesquisar para o 'O Último Cabalista de Lisboa'. Estava a tentar saber tudo sobre a vida quotidiana dos judeus em Lisboa no século XVI. Eu lembro-me que estava em casa da minha mãe, perto de Nova Iorque, e ela tinha uma biblioteca maravilhosa, e deparei-me com um livro sobre a cabala, escrito pelo grande especialista do século XX Gershom Scholem - e que é um dos meus heróis.
Peguei no livro e comecei a lê-lo e fiquei fascinado porque era um ramo do judaísmo sobre o qual eu não sabia absolutamente nada. O ramo mais mitológico. A partir daí eu comecei a lêr cada vez mais e como em qualquer aspecto da vida de um escritor, acabou por entrar nos meus livros, entre linhas por vezes, quero dizer com isso que não faço uma tentativa consciente de colocar a cabala nos meus livros, mas como é uma coisa que me interessa muito e que interessava muito aos judeus do século XX, naturalmente figura neste livro.
BBC: É por isso que as suas personagens andam a 'deambular' entre um lado e o outro, entre o eterno e o misterioso, o real e o fictício?
RZ: Em parte também foi uma consequência do próprio gueto de Varsóvia. Isto é, tratava-se de uma situação perfeitamente anormal, estranha e surrealista. Imaginem alguém, um habitante de Varsóvia, que é forçado a deixar a sua casa e a entrar numa outra, na zona histórica, e a viver com pessoas que se calhar ele não conhece, deixar de trabalhar... quer dizer, tudo mudava para os judeus de uma forma muito repentina.
Como essa situação era muito desorientadora, os judeus começavam naturalmente a questionar não só a história e a política, mas a sua própria identidade, portanto eu acho que isso faz parte do livro também: a procura de uma nova identidade que se enquadrasse melhor na nova realidade que era o internamento num gueto".
"Os Anagramas de Varsóvia" - uma história de sobrevivência face à injustiça e à perseguição, nomeada em 2009 como Livro do Ano pela revista portuguesa LER e como um dos 20 melhores livros da década pelo diário português O Público - é apresentado pelo escritor aqui em Londres, a 27 de Fevereiro na 'Jewish Book Week', a Semana do Livro Judaico.

Um rádio, um guerrilheiro e um soldado...

A história começou em Moçambique, na província de Tete, há mais de quatro décadas, no tempo da guerra colonial e da luta armada de libertação.
Num assalto a uma base da Frelimo é feito um prisioneiro e o oficial do exército português que comandou o golpe de mão confiscou-lhe um aparelho portátil de rádio.
Agora, passados quase 42 anos, esse oficial, na altura o alferes Jaime Foufre Andrade das Operações Especiais, quer devolver o rádio com um abraço ao seu legítimo proprietário ou a seus familiares.

'Quero encontrar outra vez esse guerrilheiro, que agora já não é guerrilheiro -- é um cidadão moçambicano normal -- e dar-lhe um abraço e devolver-lhe aquilo que lhe pertence' disse Jaime Andrade aos Serviços em Língua Portuguesa da BBC para África.

Foi mais um episódio de uma guerra prolongada entre as forças coloniais portuguesas e a guerrilha da Frelimo, em que se registou a participação da Força Aérea da Rodésia.
Em Setembro de 1968, as forças portuguesas no acampamento de Tembué são envolvidas numa grande operação, denominada Equador, contra a guerrilha.
Durante um voo de observação efectuado pelos rodesianos tinha sido referenciada uma importante base da guerrilha, a Base Beira, que fora montada por Samora Machel.
A operação
Imediatamente se organizou uma acção bélica tendo sido destacado o alferes Andrade, das Operações Especiais, para comandar o grupo que iria efectuar o assalto à base do 'inimigo'.

Partindo de Tembué em helicópteros Alouette III rodesianos, os militares portugueses são largados em terreno difícil próximo da base para tentar um assalto de surpresa.
Segundo a narrativa do alferes Andrade, sob um sol escaldante do meio-dia o grupo orienta-se pela bússola seguindo silenciosamente em direcção ao objectivo.
Na frente seguia um soldado moçambicano, o cipaio Guiguira, que iria servir de intérprete para o caso de haver contacto com o 'IN' ou com algum elemento da população.
E é Guiguira o primeiro a detectar um guerrilheiro que, envergando farda caqui, caminhava descontraído, com a arma a tiracolo e um rádio portátil na mão direita.
A captura
A tropa portuguesa imobiliza-se enquanto que o guerrilheiro continua descontraído a avançar na sua direcção, com o rádio a transmitir 'uma bem ritmada marrabenta'.

Com a distância a encurtar-se, o guerrilheiro de repente imobiliza-se e descobre a presença da tropa portuguesa.
Segundo o relato do alferes Andrade à BBC, o guerrilheiro 'deixa cair o rádio, tenta a arma e lança-se numa corrida em ziguezague' para escapar às balas e desaparece entre a vegetação.
Com todo o ruído que envolveu este recontro estava definitivamente estragado o efeito surpresa para o assalto à base.
Os portugueses procuram o guerrilheiro e encontram-no ferido numa perna e só depois de lhe prometerem que não o matariam é que ele se entrega.
O rádio
O guerrilheiro é aprisionado e são-lhe administrados os primeiros cuidados médicos necessários para os ferimento numa perna e no calcanhar, que não são graves.
Foi então nessa altura que o comandante da força de assalto portuguesa se apodera do aparelho de rádio, que considera um troféu de guerra.
A operação prossegue depois mas já sem o efeito surpresa e, quando a tropa portuguesa entra na base, só encontra população-- alguns elementos idosos mulheres e crianças -- e pouco material importante.

Os ruídos provocados pelo encontro com o 'homem do rádio' tinham alertado os guerrilheiros da Base Beira que, em vez de fazer frente ao inimigo, preferiram pôr a salvo todo o equipamento e documentação importante.
E depois de uma noite 'na mata' e de uma longa caminhada, a tropa portuguesa com o pouco material que conseguiu encontrar, com o prisioneiro e elementos da população, é transportada de novo nos hélis rodesianos para o Tembué.
Quem é o dono do rádio?
Muitos anos passaram desde a guerra colonial e o Jaime, o antigo alferes Andrade, foi tomando consciência de que não era o legítimo proprietário do rádio.
O aparelho foi sempre muito estimado, encontra-se em perfeitas condições e o Jaime quer devolvê-lo, precisando para isso de identificar o antigo guerrilheiro ou algum familiar para o contactar.

Para isso são importantes os dados referentes à operação, nomeadamente o local e a data em que ocorreu.
O golpe de mão contra a Base Beira, junto ao rio Kapoche, decorreu dentro de uma operação muito mais ampla denominada Equador.
O grupo do alferes Andrade partiu do acampamento de Tembué e para lá regressou no final do ataque à base da Frelimo.
Pontos importantes:
Data: 17 de Setembro de 1968
Local: Base Beira, junto ao rio Kapoche, na província de Tete.
Factos: o guerrilheiro estava armado com uma arma automática, uma pistola-metralhadora PPSH de fabrico chinês, e no final foi evacuado num helicóptero rodesiano (como se vê na imagem inicial);