quarta-feira, 9 de março de 2011

UA não permitirá intervenção na Líbia

O coronel Muammar Kadafi falou por telefone com o Presidente da Guiné Equatorial e em exercício da União Africana (UA), Teodoro Obiang Nguema, que, segundo anunciou a televisão estatal líbia, não permitirá uma “intervenção estrangeira”.
O governante teria dito a Kadhafi que defenderá como, presidente rotativo da UA, a política de não-intervenção nos assuntos internos da organização pan-africana.
A televisão estatal líbia exibiu um grupo de detidos, supostamente prisioneiros capturados nos combates em Ben Jawad, localizado entre Syrte e o enclave petrolífero de Ras Lanuf nas mãos rebeldes.
Cerca de 10 supostos milicianos, com as mãos amarradas às costas e com os rostos no chão, foram exibidos nas imagens gravadas naquela localidade e rotulados de “máfia terrorista”, que é reiteradamente associada com a Al-Qaeda nos telejornais estatais líbios.
Entretanto, a oposição e forças leais a Kadhafi continuam a combater na Líbia pelo controlo do país, num dia marcado pela tomada de mais uma cidade pelos rebeldes.
A oposição tomou ontem o controlo de Zenten, uma cidade a 120 quilómetros a sudoeste da capital Tripoli, mas, de acordo com as agências internacionais, as forças leais a Kadhafi continuam a cercar a cidade.
Há também notícia de bombardeamentos em Al Zauiya, nordeste de Tripoli, uma cidade com uma importante refinaria e que estava dada como controlada pelas forças leais a Kadhafi, depois de ter estado cercada durante cinco dias, mas cujos ataques de ontem levam a supor que ainda existe no seu interior manifestações de resistência por parte dos oposicionistas.
Enquanto isso, a oposição não vai mover uma acção penal contra o líder líbio, Muammar Kadhafi, se ele renunciar ao poder imediatamente e deixar o país, disse à AFP o presidente do Conselho que prepara a transição política.
“Nós somos, obviamente, a favor do fim do derramamento de sangue, mas ele deve demitir-se primeiro, depois deveria partir e nós não vamos iniciar acusações criminais contra ele”, afirmou o ex-ministro da Justiça, Mustafa Abdeljalil, que dirige o Conselho de transição, sediado em Benghazi.
Também à agência EFE, Bara Al Jatib, membro do Conselho Nacional de Transição, revelou que a condição para não prosseguir a criminalização de Kadhafi é o seu abandono imediato do poder.
O diário árabe Aswat al Sharq revelou na segunda-feira, citando “fontes bem informadas”, que Kadhafi enviou um negociador junto do Conselho para anunciar que estava disposto a entregar o poder e a partir da Líbia, caso a liderança rebelde garantisse a sua segurança e a da sua família e o seu dinheiro.
Esta notícia foi entretanto desmentida por fontes próximas ao líder líbio.

Fonte:http://www.tvm.co.mz/index.php?option=com_content&task=view&id=8049&Itemid=78

Quatro processos disciplinares contra juízes e 37 contra oficiais de justiça, de um total de 41

Foram apreciados nos últimos tempos pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial, quatro processos disciplinares contra juízes e 37 contra oficiais de justiça, de um total de 41. A tramitação desses processos culminou com a aplicação de 17 medidas disciplinares, abrangendo funcionários e magistrados, destacando-se duas penas de expulsão e cinco demissões. Nos restantes casos foram aplicadas penas de advertência, repreensão pública, multa e despromoção.
Estes dados foram revelados há dias por Ozias Ponja, Presidente do Tribunal Supremo e do Conselho Superior da Magistratura Judicial, tendo referido que no domínio da responsabilidade disciplinar foram ainda julgados 49 casos disciplinares por infracções diversas, com destaque para desvios de fundos do Estado (8), faltas injustificadas (6) e incumprimento de tarefas e prazos (6). Estes casos resultaram na aplicação das penas de expulsão (12), demissão (6) e despromoção (3), entre outras sanções disciplinares.
Entretanto, o Conselho Superior da Magistratura Judicial nomeou nove magistrados judiciais de nível distrital, todos licenciados em Direito e com formação específica ministrada pelo Centro de Formação Jurídica e Judiciária. Com estas nomeações, segundo ele, o país passou a dispor de 273 magistrados judiciais, sendo que este progressivo crescendo em número constitui um enorme contributo para a elevação do grau de acesso aos tribunais e da qualidade das decisões judiciais.
Segundo Ozias Ponja, o desenvolvimento do capital humano é determinante para a qualidade do serviço prestado em qualquer instituição. Isso explica que de ano para ano se continue a recrutar funcionários para o reforço da capacidade institucional no domínio da gestão do aparelho judicial.
No ano passado foram exarados 144 despachos de nomeação respeitantes a funcionários, dos quais 86 são relativos a novos ingressos, 16 a promoções e 42 atinentes à mudança de carreira. Assinala-se, também, a efectivação de 333 despachos de progressão na carreira relativos a igual número de funcionários.
No domínio das infra-estruturas, o Presidente do Tribunal Supremo destacou o esforço visando a integração dos juízes recém-nomeados e garantir uma maior celeridade processual, face à crescente judicialização dos conflitos, onde foi intensificado o processo de criação de novas secções nos tribunais judiciais de distrito e de província, cuja entrada em funcionamento tem estado a ocorrer de forma paulatina e à medida que as condições materiais e humanas vão sendo reunidas.

Fonte:http://www.tvm.co.mz/index.php?option=com_content&task=view&id=8047&Itemid=77

Ventos e chuvas acima da média

O INSTITUTO Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a continuação de ocorrência de chuvas moderadas a fortes acompanhadas de trovoadas pelos próximos três dias ao longo da faixa costeira das províncias de Nampula e Zambézia, como resultado do sistema de baixas pressões localizado na zona norte do Canal de Moçambique, que continua a deslocar-se para a região central do canal, intensificando-se e que está a influenciar o estado do tempo.
Os distritos costeiros da província de Sofala (Marromeu, Cheringoma, Muanza e Dondo) serão afectados com chuvas em regime moderado a forte acompanhadas de  trovoadas e ventos moderados a fortes entre 40 e 70 quilómetros por hora.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1187472

Investimentos para o Parque de Gorongosa

DUAS empresas nacionais, uma portuguesa e mais uma sul-africana são as vencedoras de um concurso público internacional para a execução de projectos turísticos no Parque Nacional da Gorongosa (PNG).
Trata-se das empresas Barra Lodge, One Africa, Nwedzi Investiments e a Xivulo, segundo revelou o director de Comunicação e Imagem do PNG, Vasco Galante, citado pela agência noticiosa Macauhub.

Fonte: http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1187479
 

SUPER ACTIVOS EM CHIBABAVA - SOFALA

Neste sábado dia 12 de março de 2011, as 13h30, será realizado um Programa Juvenil ao vivo na Sede do Distrito de Chibabava, na Província de Sofala.

O programa será apresentado por Titos Raúl e Bobo Chinamulungo.

Venha participar conosco, venha divertir-se e aprender e ganhar muitos Prêmios.

Sua presença é indispensável!!!!!!!!!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A vida do gueto de Varsóvia num romance policial

"Os Anagramas de Varsóvia" é o mais recente romance do escritor americano Richard Zimler, um policial passado no gueto judaico de Varsóvia onde, no Outono de 1940, as tropas nazis encerraram numa pequena área da capital da Polónia cerca de 400 mil judeus.
Um romance de contornos negros, de uma busca perigosa e desesperada pela verdade e pela justiça, de traição e arames farpados, reais e do subconsciente, a vida de uma ilha urbana cortada do mundo exterior.
Ouça aqui o programa Tribuna Cultural com Richard Zimler
Uma viagem sombria e comovente pelo inferno Nazi e pelos mínimos recantos da coragem que restava nos que tentavam sobreviver.
A história decorre após a criação pelos Nazis do gueto de Varsóvia, "para onde Erik Cohen, um velho psiquiatra, é forçado a mudar-se para um minúsculo apartamento com a sobrinha e o seu adorado sobrinho-neto de nove anos, Adam".
"Num dia de frio cortante, Adam desaparece. Na manhã seguinte, o seu corpo é descoberto na vedação de arame farpado que rodeia o gueto. Uma das pernas do rapaz foi cortada e um pequeno pedaço de cordel deixado na sua boca. Por que razão terá o cadáver sido profanado?"
"Erik luta contra a sua raiva avassaladora e o seu desespero jurando descobrir o assassino do sobrinho para vingar a sua morte. Um amigo de infância, Izzy, cuja coragem e sentido de humor impedem Erik de perder a confiança, junta-se-lhe nessa busca perigosa e desesperada."
"Em breve outro cadáver aparece - desta vez o de uma rapariga, a quem foi cortada uma das mãos. As provas começam a apontar para um traidor judeu que atrai crianças para a morte".
'Busca perigosa e desesperada'

Os romances de Richard Zimler são bestsellers em vários países
"Neste thriller histórico profundamente comovente e sombrio, Erik e Izzy levam o leitor até aos recantos mais proibidos de Varsóvia e aos mais heróicos recantos do coração humano", pode lêr-se na sinopse do romance.
Rectificar injustiças
Depois do mega-sucesso que foi "O Último Cabalista de Lisboa" - o primeiro romance de Richard Zimler, premiado internacionalmente e bestseller em vários países - o escritor americano radicado no Porto, em Portugal, desde 1990, continuou a criar histórias de sobrevivência, de sofrimento e redenção: através das tradições e da fé, do metafísico e da cabala.
Se em "O Último Cabalista de Lisboa", a acção decorre em 1506, entre os judeus forçados a converterem-se ao cristianismo, no reinado de D. Manuel I, neste "Os Anagramas de Varsóvia" a acção tem lugar em Varsóvia, no gueto, em plena guerra, sob o espectro da ameaça Nazi.
Prestes a apresentar o seu romance aqui em Londres, na Jewish Book Week, ou Semana do Livro Judaico, a BBC perguntou a Richard Zimler porque é que decidiu escrever mais um livro sobre uma realidade tão crua e sombria?
RZ:A história dos judeus durante a 2ª Guerra Mundial é evidentemente uma tragédia, mas eu queria evitar escrever um livro deprimente, eu acho que isso não adianta nada. Por isso, penso que este livro é muito cativantes. É um livro de um certo heroísmo, por parte das personagens, mas eu gosto de contar histórias, não diria trágicas mas com muita emoção e muito drama e porque eu adoro tentar rectificar uma injustiça; ou seja, a minha bateria, quando eu escrevo um romance, é realmente a necessidade de rectificar uma injustiça.
Por isso à vezes conto histórias de pessoas cujas vozes foram sistemáticamente silenciadas, neste caso os judeus que eram prisioneiros, primeiro nos guetos da Polónia e de outros países europeus e que, depois, foram transportados para os campos de morte.
BBC: Temas como a injustiça, traição - mesmo interna e no seio da família -, entre outros, voltam a figurar neste seu último romance. Porquê?
RZ: É verdade. Eu acho que o que me interessa é realmente a vida real. Eu sou um romancista histórico - do século XVI em Lisboa ao século XX em Varsóvia, estou realmente a falar do nosso tempo actual, porque estou a falar de assuntos muito importantes: da crueldade, da tolerância e intolerância, solidariedade, amor, morte e traição. Eu acho que tudo isso vai cativar o leitor e tudo isso conta a vida como realmente é.
Eu não gosto muito de fantasia, e para mim contar uma história que decorre durante o tempo do Holocausto seria imperdoável tentar suavizar a história ou tornar a história um pouco mais 'Hollywoodiana' com um final feliz. Não, eu queria contar como era.
BBC: Acha-se uma pessoa política?
RZ: Há uma pessoa mais famosa do que eu - não me recordo bem quem neste momento - que disse que 'tudo é político'! Ou seja, eu acho que qualquer história bem contada sobre o seu humano, sobre as suas dificuldades - não só pessoais ou familiares - mas adaptando-se à sua sociedade, por exemplo, ou sobre as dificuldades que os governos ou ditaduras criam sobre a vida pessoal dos cidadãos - até da suua vida sexual - eu penso que isso é muito fascinante e por isso eu não desenharia uma fronteira entre a política, a história e a vida pessoal.
BBC: Apesar das suas raízes judaicas, o Richard é um estudioso do judaísmo? Como é que aconteceu o seu conhecimento do cabalismo?
RZ: A cabala de facto fascina-me e foi uma descoberta que aconteceu ao acaso. Eu estava a pesquisar para o 'O Último Cabalista de Lisboa'. Estava a tentar saber tudo sobre a vida quotidiana dos judeus em Lisboa no século XVI. Eu lembro-me que estava em casa da minha mãe, perto de Nova Iorque, e ela tinha uma biblioteca maravilhosa, e deparei-me com um livro sobre a cabala, escrito pelo grande especialista do século XX Gershom Scholem - e que é um dos meus heróis.
Peguei no livro e comecei a lê-lo e fiquei fascinado porque era um ramo do judaísmo sobre o qual eu não sabia absolutamente nada. O ramo mais mitológico. A partir daí eu comecei a lêr cada vez mais e como em qualquer aspecto da vida de um escritor, acabou por entrar nos meus livros, entre linhas por vezes, quero dizer com isso que não faço uma tentativa consciente de colocar a cabala nos meus livros, mas como é uma coisa que me interessa muito e que interessava muito aos judeus do século XX, naturalmente figura neste livro.
BBC: É por isso que as suas personagens andam a 'deambular' entre um lado e o outro, entre o eterno e o misterioso, o real e o fictício?
RZ: Em parte também foi uma consequência do próprio gueto de Varsóvia. Isto é, tratava-se de uma situação perfeitamente anormal, estranha e surrealista. Imaginem alguém, um habitante de Varsóvia, que é forçado a deixar a sua casa e a entrar numa outra, na zona histórica, e a viver com pessoas que se calhar ele não conhece, deixar de trabalhar... quer dizer, tudo mudava para os judeus de uma forma muito repentina.
Como essa situação era muito desorientadora, os judeus começavam naturalmente a questionar não só a história e a política, mas a sua própria identidade, portanto eu acho que isso faz parte do livro também: a procura de uma nova identidade que se enquadrasse melhor na nova realidade que era o internamento num gueto".
"Os Anagramas de Varsóvia" - uma história de sobrevivência face à injustiça e à perseguição, nomeada em 2009 como Livro do Ano pela revista portuguesa LER e como um dos 20 melhores livros da década pelo diário português O Público - é apresentado pelo escritor aqui em Londres, a 27 de Fevereiro na 'Jewish Book Week', a Semana do Livro Judaico.

Um rádio, um guerrilheiro e um soldado...

A história começou em Moçambique, na província de Tete, há mais de quatro décadas, no tempo da guerra colonial e da luta armada de libertação.
Num assalto a uma base da Frelimo é feito um prisioneiro e o oficial do exército português que comandou o golpe de mão confiscou-lhe um aparelho portátil de rádio.
Agora, passados quase 42 anos, esse oficial, na altura o alferes Jaime Foufre Andrade das Operações Especiais, quer devolver o rádio com um abraço ao seu legítimo proprietário ou a seus familiares.

'Quero encontrar outra vez esse guerrilheiro, que agora já não é guerrilheiro -- é um cidadão moçambicano normal -- e dar-lhe um abraço e devolver-lhe aquilo que lhe pertence' disse Jaime Andrade aos Serviços em Língua Portuguesa da BBC para África.

Foi mais um episódio de uma guerra prolongada entre as forças coloniais portuguesas e a guerrilha da Frelimo, em que se registou a participação da Força Aérea da Rodésia.
Em Setembro de 1968, as forças portuguesas no acampamento de Tembué são envolvidas numa grande operação, denominada Equador, contra a guerrilha.
Durante um voo de observação efectuado pelos rodesianos tinha sido referenciada uma importante base da guerrilha, a Base Beira, que fora montada por Samora Machel.
A operação
Imediatamente se organizou uma acção bélica tendo sido destacado o alferes Andrade, das Operações Especiais, para comandar o grupo que iria efectuar o assalto à base do 'inimigo'.

Partindo de Tembué em helicópteros Alouette III rodesianos, os militares portugueses são largados em terreno difícil próximo da base para tentar um assalto de surpresa.
Segundo a narrativa do alferes Andrade, sob um sol escaldante do meio-dia o grupo orienta-se pela bússola seguindo silenciosamente em direcção ao objectivo.
Na frente seguia um soldado moçambicano, o cipaio Guiguira, que iria servir de intérprete para o caso de haver contacto com o 'IN' ou com algum elemento da população.
E é Guiguira o primeiro a detectar um guerrilheiro que, envergando farda caqui, caminhava descontraído, com a arma a tiracolo e um rádio portátil na mão direita.
A captura
A tropa portuguesa imobiliza-se enquanto que o guerrilheiro continua descontraído a avançar na sua direcção, com o rádio a transmitir 'uma bem ritmada marrabenta'.

Com a distância a encurtar-se, o guerrilheiro de repente imobiliza-se e descobre a presença da tropa portuguesa.
Segundo o relato do alferes Andrade à BBC, o guerrilheiro 'deixa cair o rádio, tenta a arma e lança-se numa corrida em ziguezague' para escapar às balas e desaparece entre a vegetação.
Com todo o ruído que envolveu este recontro estava definitivamente estragado o efeito surpresa para o assalto à base.
Os portugueses procuram o guerrilheiro e encontram-no ferido numa perna e só depois de lhe prometerem que não o matariam é que ele se entrega.
O rádio
O guerrilheiro é aprisionado e são-lhe administrados os primeiros cuidados médicos necessários para os ferimento numa perna e no calcanhar, que não são graves.
Foi então nessa altura que o comandante da força de assalto portuguesa se apodera do aparelho de rádio, que considera um troféu de guerra.
A operação prossegue depois mas já sem o efeito surpresa e, quando a tropa portuguesa entra na base, só encontra população-- alguns elementos idosos mulheres e crianças -- e pouco material importante.

Os ruídos provocados pelo encontro com o 'homem do rádio' tinham alertado os guerrilheiros da Base Beira que, em vez de fazer frente ao inimigo, preferiram pôr a salvo todo o equipamento e documentação importante.
E depois de uma noite 'na mata' e de uma longa caminhada, a tropa portuguesa com o pouco material que conseguiu encontrar, com o prisioneiro e elementos da população, é transportada de novo nos hélis rodesianos para o Tembué.
Quem é o dono do rádio?
Muitos anos passaram desde a guerra colonial e o Jaime, o antigo alferes Andrade, foi tomando consciência de que não era o legítimo proprietário do rádio.
O aparelho foi sempre muito estimado, encontra-se em perfeitas condições e o Jaime quer devolvê-lo, precisando para isso de identificar o antigo guerrilheiro ou algum familiar para o contactar.

Para isso são importantes os dados referentes à operação, nomeadamente o local e a data em que ocorreu.
O golpe de mão contra a Base Beira, junto ao rio Kapoche, decorreu dentro de uma operação muito mais ampla denominada Equador.
O grupo do alferes Andrade partiu do acampamento de Tembué e para lá regressou no final do ataque à base da Frelimo.
Pontos importantes:
Data: 17 de Setembro de 1968
Local: Base Beira, junto ao rio Kapoche, na província de Tete.
Factos: o guerrilheiro estava armado com uma arma automática, uma pistola-metralhadora PPSH de fabrico chinês, e no final foi evacuado num helicóptero rodesiano (como se vê na imagem inicial);

Precisamos de mais homens e mulheres como “Samora” – afirma PR no lançamento do ano dedicado ao primeiro Chefe do Estado moçambicano

“Moçambique clama por mais homens e mulheres que, como Samora Machel, acreditam nas suas habilidades, estão convictos das suas aptidões e impõem-se para levar a bom termo os planos para o bem-estar do povo”.
"Ao declararmos o Ano Samora Machel estamos também, e sobretudo, a cristalizar algo que toca os nossos corações, no contexto da luta que travamos contra a pobreza e pelo bem-estar. Para o sucesso célere na luta contra este flagelo Moçambique clama por mais homens e mulheres como Samora", declarou o Presidente Guebuza. O do programa comemorativo do Ano Samora Machel, coincidiu com a passagem do 32º aniversário da morte de Eduardo Mondlane, arquitecto da unidade nacional. Durante as cerimônias, Guebuza inaugurou, na cidade de Xai-Xai, um monumento erguido em memória do Presidente Samora, acto que será replicado em todas as capitais provinciais.

Eduardo Chivambo Mondlane

Eduardo Chivambo Mondlane, foi um dos fundadores e primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a organização que lutou pela independência de Moçambique do domínio colonial português. O dia da sua morte, assassinado por uma encomenda-bomba, é celebrado em Moçambique como o Dia dos Heróis Moçambicanos.
Filho de um chefe tradicional, Mondlane estudou na missão presbiteriana suíça próxima de Manjacaze, terminou os seus estudos secundários numa escola da mesma igreja na África do Sul e, depois de uma curta passagem pela Universidade de Lisboa, foi ainda financiado pelos suíços fazer os estudos superiores nos Estados Unidos da América, onde se doutorou em sociologia.
Trabalhou para as Nações Unidas, no Departamento de Curadoria, como investigador dos acontecimentos que levavam à independência dos países africanos e foi também professor de história e sociologia na Universidade de Syracuse, em Nova Iorque. Nessa altura (década de 1950), Mondlane teve contactos com Adriano Moreira, um ministro português que queria recrutá-lo para trabalhar na administração colonial; Mondlane, por seu turno, tentou convencê-lo da necessidade de Portugal seguir o caminho dos restantes países, que estavam a dar independência às suas colónias africanas.
Em 1961, visitou Moçambique, a convite da Missão Suíça, e teve contactos com vários nacionalistas, onde se convenceu que as condições estavam criadas para o estabelecimento de um movimento de libertação. Por essa altura e independentemente, formaram-se três organizações com o mesmo objectivo: a UDENAMO (União Democrática Nacional de Moçambique), a MANU (Mozambique African National Union, à maneira da KANU do Quénia e de tantas outras) e a UNAMI (União Nacional Africana para Moçambique Independente). Estas organizações tinham sede em países diferentes e uma base social e étnica também diferentes, mas Mondlane tentou uni-las, o que conseguiu, com o apoio do presidente da Tanzânia, Julius Nyerere – a FRELIMO foi de facto criada na Tanzânia, com base naqueles três movimentos, em 25 de Junho de 1962 e Mondlane foi eleito seu primeiro presidente, com Uria Simango (pai de David Simango) como Vice-Presidente.
Nessa altura, Mondlane já tinha chegado à conclusão que não seria possível conseguir a independência de Moçambique sem uma guerra de libertação, mas era necessário desenhar uma estratégia e obter apoios para a levar a cabo, o que Mondlane começou a fazer. Os primeiros guerrilheiros foram treinados na Argélia e, entre eles, contava-se Samora Machel que o substituiria após a sua morte. Os seguintes foram já treinados na Tanzânia, onde a FRELIMO organizou ainda uma escola secundária, o Instituto de Moçambique.

O AMOR

A inteligência sem amor, te faz perverso. A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita. O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro. A docilidade sem amor, te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso. A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano. O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia. A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta. A vida sem amor... não tem sentido.........

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

NOCTÍCIAS DO SUPER ACTIVOS EDIÇÃO DE 22-01-2011

Atenção consumidor de telefonia móvel de Moçambique!

Quando você receber uma mensagem dizendo seguinte: “Caro cliente, o teu número foi sorteado á uma moto Dt 125 e um cheque de 35.000 mt. Para mais informações, ligue-nos urgente nesta linha. Por favor, preste muita atenção. Pois quando você liga para eles, eles pegam todos os seus dados pessais, bancários, e podem acabar te deixando na pobreza. Existe um quadrilha de oportunistas actuando até mesmo de dentro da prisão. "Hoje dia 22 de janeiro, sofri esta tentativa de furto. Graças a Deus estava com meu irmão por perto que acabou me alertando e pediu para não retornando a ligação". (Titos)
Ass: Amina Júlia / Tito(s) Raúl Naene

A Província de Cabo-Delgado formou no ano passado mais de 600 professores. Mas foram contratados para este ano apenas 200 professores. O motivo da não contratação dos outros 200 é a falta de verba para pagamento de salários para os mesmos.

Cometário do autor: Ass: Amina Júlia / Tito(s) Raúl Naene·         É simplesmente inacreditável isso que vem acontecendo no nosso País. Se o governo formou 600 professores, é porque sabia que a demanda, ou seja, a procura por vagas havia aumentado. E se aumentou a procura, consequente deve aumentar o número de professores que irão lecionar.
·         Mas não se pode aceitar que não possa existir dinheiro para pagar esses professores. Se isso está a acontecer, é por falta de planejamento “Planificação”!
·         Eu sinceramente espero que os nossos dirigentes usem a experiência que tem para fazer negócios, e, planifiquem melhor o orçamento público!!! Saiam dos gabinetes e venham viver a realidade da população moçambicana!
Mais uma vez digo “Minha missão é informá-lo, e seu dever como cidadão, é fiscalizar as acções dos nossos governantes, sem cair na síndrome de dizer que em Moçambique é assim, porque não é”!
Entraram em Moçambique na passada terça-feira dia 18 de janeiro, 133 estrangeiros ilegais, entre eles estão os de nacionalidade Paquistanesa, Bengalis e Indianos. Deste total, 63 já foram repatriados nos seus países de origem, ou seja, foram deportados, porque seus passaportes e vistos foram considerados falsos. Os outros 70 aindam aguardam as averiguações do sector da Imigração. A polícia considera que os passaportes destes 70 são falsos, porém, a Imigração e a Procuradoria da República dizem que os passaportes são aparentemente originais e que ainda vão averiguar o caso.

Cometário do autor: Ass: Amina Júlia / Tito(s) Raúl NaeneNesta semana também foram detidos na África do Sul 96 imigrantes ilegais, também de nacionalidades Paquistanesa, Bengalis e Indianos.
·         Não pode haver contradição entre o que a Polícia diz e o que a Imigração diz. Se a polícia diz que os passaportes são falsos, a Imigração não pode simplesmente dizer que os passaportes dos 70 estrangeiros são aparentemente originais. O certo a ser feito é, em caso de dúvida sobre a proveniência dos passaportes, deve-se verificar a proveniência e a legalidade dos vistos.
·         Se vistos forem também falsos. Não há o que discutir, precisam repatriar os estrangeiros. E tem que se investigar como eles conseguiram esses vistos? Deve-se cortar o mal pela raiz.
·         O que esses estrangeiros identicaram em Moçambique? Se os eles vem pra Moçambique, é porque aqui é um País de oportunidades! Enquanto muitos dizem que somos pobres, eu insisto em dizer que isso não de discurso barato!!!! Se somos pobres, porquê então os estrangeiros vem pra Moçambique? Precisam sair o lugar de conforto, do lugar que limita a nossa visão!
Tenho dito “Minha missão é informá-lo, e seu dever como cidadão, é praticar a cidadania”!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Morreu MALANGATANA - Artista Plástico Moçambicano

Morreu na passada quarta-feira dia 05 de janeiro, o Artista Plástico Malangatana. A morte do artista ocorreu no hospital de Matosinhos, no norte de Portugal, onde se encontrava internado. O pintor estivera em Portugal para uma exposição sobre a sua carreira artística de cerca de 50 anos quando o seu estado de saúde se agravou.
Por desejo do mesmo, os restos mortais de Malangatana foram sepultados em Matalana, no distrito de Marracuene, Maputo, sua terra natal, no dia 14 de janeiro de 2011. Por decisão do Conselho de Ministros reunido na capital em sessão extraordinária de 7 de janeiro, decretou ainda dois dias de luto nacional pela morte do símbolo das artes plásticas em Moçambique.

Ass: Tito(s) Raúl Naene

ALERTA PARA OS PREÇOS DE MATERIAL ESCOLAR NA BEIRA

Mas hoje o Super Activos começa com um alerta: Estamos na época de compra de material escolar... Muito cuidado com os oportunistas, aquelas pessoas que se aproveitam da falta de informação das outras para aplicarem preços absurdos. É inadmissível que entre uma e outra loja haja uma tamanha diferença de preços, os preços chegam a variam entre 40 á 120%.
A pergunta que faço é, onde estão as autoridades competentes que regulam e fiscalizam o comércio na nossa capital de Sofala? Até quando continuaremos tendo oportunistas e fiscais que apenas cobram a taxa diária de imposto, mas sem fiscalizar os preços? Diga-se de passagem “Isso não acontecem apenas na Beira”! Isso está em todo País.
Mas como o nosso compromisso é informar e questionar quando necessário, temos que alertar á todos os pais e consumidores em geral: “Quando for comprar o seu material escolar, pesquise mais de uma loja, se forem vendedores ambulantes, procure e pesquise mais de um. Porque você poderá estar a pagar um preço impraticável e inadmissível”.
Minha missão é informá-lo, e seu dever como cidadão, é praticar a cidadania sem cair na síndrome de dizer que em Moçambique é assim, porque não é!

UM CONVITE Á INSATISFAÇÃO

Por Titos Raúl
O escritor Guimarães Rosa dizia: “O animal satisfeito, dorme”. Por trás dessa aparente obviedade, está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual.
A condição humana por si só, perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas são, rendendo-se á sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
E acrescenta, dizendo que: A satisfação conclui, encerra, ou seja, ela termina.
A satisfação deixa a parte o espírito da continuidade, o prosseguimento, a persistência e o desdobramento das coisas.
A satisfação nos acalma, nos limita, nos amortece, ou seja, paramos de questionar as coisas.

Um dos livros que eu gosto de ler é do Educador e Filósofo brasileiro, Mário Sérgio Cortella, intitulado, “Não Nascemos Prontos”, e ele diz que: Nascer sabendo é uma limitação, porque apenas nos obriga a repetir e, nunca, a criar, inovar, inventar, refazer e a modificar.
Portanto, cuidado com o estar satisfeito, que é diferente de ser satisfeito;
Pois, ser uma pessoa satisfeita é fundamental. Mas estar satisfeito tem que ser uma condição temporária, ou seja, momentânea, para que você não se acomode.
Quando estamos satisfeitos; Nos acomodamos,
Nos rendemos á sedução do repouso e nos imobilizamos.
Mas a insatisfação nos move, nos impulsiona a buscarmos mais;
Quando estamos insatisfeitos,
Nós criamos, inovamos, refazemos, modificamos, e assim, vamos construindo o nosso dia, o nosso ser, e buscamos novas perspectivas de vida.
Eu sou um formador de opinião!
Mas minha opinião não está a venda,
E meus valores, são inegociáveis!

Ass: Tito(s) Raúl Naene

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Violência

EQUIPE DO SUPER ACTIVOS RM

Ø  Sônia Gonçalves (Coordenação);

Ø  Carlota (Redactora) e apresentadora da Rubrica Caras & Coroas;
Ø  Hagá Dias: Rubrica Alto Nível;
Ø  Luis Tima: Rubrica sobre a Violência;
Ø  Margarida Joaquim: Rubrica Super Faishon;
Ø  Izilda Enoque com a Rubrica Saúde na Mesa;
Ø  Luis Marijane (Sonorização);
Ø  Quinô Monteiro (Apresentador)

Ass: Titos Rául
Ø  Amina Júlia (Apresentadora)
Ø  Rogério (Editor)

Ø  Titos Raúl  (Apresentador) e orientador na Rubrica Espaço Corporativo;

A primeira Edição do Super Activos Foi uma Maravilha

A primeira Edição de 2011 foi uma maravilha.
Novo ano, novos planos e uma nova cara para o Super Activos.

O que mais marcou foi a abertura do programa, com um poema de agradecimento pelo ano anterior, elaborado por Tito Raúl, ou melhor, Titos Raúl como o chamam os seus colegas e fãs.
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Kanimambu, Ta kuta, Thank you, Obrigado 2010:
Porque nesse ano que findou,  aprendemos que:
Nas falhas e lágrimas se esculpe a sabedoria
Aprendemos a nunca ter medo de viver e a superar
Os momentos mais difíceis da história
Aprendemos que:
Os fracos julgam e desistem,
Mas os fortes compreendem e têm esperança

Por isso, jamais esqueceremos o ano de 2010,!!!
Assim, como não podemos esquecer os dias cinzentos!
Pois são eles que nos trazem o brilho do sol
Não devemos também esquecer os erros, as derrotas?
Pois são elas que nos proporcionam vitórias e lições
Jamais esqueceremos os planos fracassados!
Porque o fracasso pode nos ensinar a sonhar.

Jamais nos esqueceremos de ti, nosso caro ouvinte da Rádio Moçambique:
Pois, a sua audiência todos os sábados, nos incentivou nos desafiou
A colocarmos em prática nossas melhores idéias;
Nos ensinou a honrarmos os nossos mais sublimes motivos
Nos incentivou a perseverarmos e nunca desistir, Para alcançarmos os nossos mais significativos sonhos. Alegria Compartilhada, é Alegria Duplicada! Bem vindo 2011."

Foi assim que iniciamos o ano de 2011.

O final do programa foi uma coisa fascinante:
Pela primeira vez na Rádio Moçambique - Beira, tivemos a participação de internautas que parabenizaram e sugeriram a criação de um blog.
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Temos a participação dos nossos internautas
De: Consultoria < bcjconsultoria@yahoo.com.br>
Oi Pessoal do Super Activo,
Sugiro que tenham um Blog onde podemos acompanhar tudo sobre o Programa e sobre os integrantes do grupo do Super Activo.
Abraços
Sou Fã do Titos e de todos
Beijos

De: sara silva <sarakell2000@yahoo.com.br>
Assunto: Feliz Ano Novo
Data: Quinta-feira, 30 de Dezembro de 2010, 12:02

Ano Novo!!!É tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz. Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida,que de fato queremos ser plenamente felizes. Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último. Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante. Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo. Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos! DESEJO À TODOS UM PRÓSPERO ANO NOVO!!!BJOSSara Kelly"

Ass: Titos Raúl e a Equipe Super Activos